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09/09/2020 às 13:44

Margareth Menezes fala sobre sua carreira e o Movimento AfroPop Brasileiro

[Margareth Menezes fala sobre sua carreira e o Movimento AfroPop Brasileiro]

A cantora Margareth Menezes nesta terça-feira (08), falou sobre sua carreira, a cultura brasileira e como funciona o mercado da música e o seu reconhecimento na indústrina, em entrevista ao programa Trace Trends, da Rede TV!.

Margareth já conquistou grandes feitos na sua carreira, principalmente no mercado internacional como: Disco pela gravadora de Bob Marley, shows e ser considerada a Aretha Franklyn do Brasil, de acordo com Los Angeles Times.

"O mercado brasileiro tem várias facetas. Quando vamos para a questão comercial entram outras influências, a visão mais empresarial. Existe também o circuito cultural e artístico que é uma indústria muito potente, mas ainda não tem seu devido valor”, afirmou e relatou que o Brasil não absorve totalmente a sua cultura.

Em relação a sua carreira a artista falou: "Tenho 32 anos de carreira. Tenho tanta coisa nesse universo de coisas que já fiz. No primeiro momento foi muito difícil para mim, não tive um empresário grande que pudesse colocar dinheiro na minha carreira. Mas não posso me considerar uma artista que não teve (reconhecimento). Tanto tive que fiz minha empresa, tenho meu selo e lancei vários projetos por ele”.

Margareth complementa dizendo: “O que eu acho é que ainda são poucas pessoas. Mas temos visto um movimento novo com artistas, principalmente mulheres negras, além de ter uma ascensão muito melhor do que antes, tem um discurso, postura e liberdade de produção. Como a Larissa Luz, Iza, Ludmilla. São artistas super preparadas e é isso que precisamos. O mercado precisa realmente mudar, construir alternativas e outros canais”.

A artista concluiu falando sobre o Movimento AfroPop Brasileiro: “Acho que fui a primeira artista a questionar essa identidade, porque é necessário que falemos sobre ela. O afropop é união do nosso legado afro e a música contemporânea. Isso existe e não podemos negar. Não posso botar tudo na conta do axé music, que é um rótulo de generalização, um movimento com vários tipos de ritmos já definidos pelos seus criadores. Axé music é um grande supermercado, onde meu afropop está em uma dessas prateleiras. Minha identidade musical é o afropop, porque eu trago meu legado, da minha consciência, do meu registro afro. Sou uma artista afrourbana”.

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